- CONSUFOR na Mídia -
O BTG Pactual está estruturando um novo fundo para comprar florestas de pinus e eucalipto no Brasil, ampliando seu braço de gestão de ativos florestais que é o quinto maior do mundo.
O banco de André Esteves quer captar R$ 750 milhões junto a investidores institucionais, como fundos de pensão, para o Timberland Fund II. Como o nome sugere, trata-se da nova versão de um fundo lançado em 2015. O primeiro fundo captou US$ 860 milhões e tem hoje patrimônio líquido de cerca de R$ 1 bilhão.
Mas o primeiro fundo mirava florestas em toda a América Latina, enquanto que o novo veículo só comprará propriedades no Brasil. Com perfil de longo prazo, o fundo vai adquirir grandes florestas, gerando receita com a comercialização da madeira para a indústria e, eventualmente, com a venda das propriedades.
O prospecto do Timberland Fund II já foi protocolado junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), mas a coluna apurou que o BTG ainda não começou a apresentá-lo a potenciais investidores. Segundo fontes, o banco vai bater na tecla de que o fundo é uma oportunidade de investimento ESG, sigla em inglês para o tripé "ambiental”, “social” e “governança" que tem norteado o investimento responsável.
O fundo vai explorar um mercado em expansão. A consultoria Consufor estima que os ativos florestais brasileiros somam hoje R$ 88,6 bilhões, 21% mais que em 2016. Os eucaliptos respondem por 61% desse patrimônio, contra 39% das florestas de pinus.
Os fundos florestais do BTG são geridos pelo Timberland Investment Group, comprado pelo banco ao longo da última década e que tem cerca de US$ 3,5 bilhões em ativos florestais. Eles somam 2,2 milhões de acres pelo mundo. O portfólio está quase que igualmente dividido entre propriedades nos EUA e na América Latina, com exposição residual a florestas na Europa e na África do Sul.
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